//OBCOMP completa cinco anos como uma instância de vigilância da democracia

OBCOMP completa cinco anos como uma instância de vigilância da democracia

Foto: OBCOMP

O projeto Observatório da Comunicação Pública (OBCOMP) completa cinco anos de atividades nesta quinta-feira, 27 de agosto. Nesse tempo, buscou posicionar-se como uma instância de vigilância da democracia por monitorar, capturar, sistematizar e realizar um debate crítico sobre temas de interesse público, com o objetivo de provocar a reflexão sobre os processos de comunicação constituídos pela sociedade, pela mídia e pelo Estado.

Edson Fernando Dalmonte, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e coordenador da área de Comunicação e Informação junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) reconhece a importância do trabalho do Observatório. “Vocês têm a capacidade de rastrear, mapear, monitorar tanto o que é discutido como o que não é discutido, aquilo que é silenciado por interesses distintos e, às vezes, ocultos”, avalia.

A responsabilidade da Universidade Pública em iniciativas como o OBCOMP é o destaque feito pela coordenadora do PPGCOM da UFRGS, Ana Taís Martins Portanova Barros. “Cinco anos de compartilhamento social das pesquisas que direcionam sua atenção crítica, a captura, registro e difusão das informações sobre o campo da comunicação política e em defesa da Comunicação Pública”, afirma, ao celebrar a data.

De acordo com a coordenadora geral do OBCOMP, Maria Helena Weber (UFRGS), o projeto responde à necessidade de um espaço de captura, organização e disponibilização de informações e pesquisas relacionadas à comunicação pública. “As características de funcionamento do OBCOMP e seu compromisso com a comunicação pública tem gerado estudos e debates que permitem discutir cidadania e o acesso à comunicação do estado democrático. Por isso, o Observatório deve continuar a cumprir seu papel associado à função da universidade pública, que promove a emancipação social, combina saberes e forma o futuro em profissionais qualificados e críticos.”

Repositório

Nesses cinco anos, o site contabiliza 410 notícias publicadas, 48 textos opinativos, duas aulas abertas disponibilizadas em vídeo, 190 eventos acadêmicos divulgados e 98 campanhas de interesse público catalogadas. No último ano, recebeu mais de 19 mil visitas – uma média de 1,5 mil acessos por mês.

Conta ainda com uma ampla Biblioteca que reúne 292 referências de livros nas áreas de comunicação pública, democracia digital, deliberação, mídias, comunicação governamental, informação, política e opinião pública. Também há 411 referências de artigos acadêmicos, nos temas de comunicação pública, comunicação política, comunicação de Estado e governamental, opinião pública, esfera pública e deliberação, mobilização social, jornalismo e interesse público, mídias e internet.

Uma das seções mais acessadas no Observatório, a Biblioteca também disponibiliza 240 teses e dissertações sobre os temas que envolvem a comunicação pública; 126 referências de periódicos, com indicação de Qualis; 26 Grupos de Pesquisa, 13 observatórios, 21 associações ou federações referenciadas. O Observatório ainda realiza indicação de mídias públicas ligadas aos poderes executivos, legislativos e judiciários brasileiros, além de indicação de legislação referente ao direito à Comunicação e à radiodifusão pública brasileira.

Para a coordenadora executiva do projeto, a jornalista Ana Javes Luz, o Observatório é um acervo único sobre a pesquisa em comunicação pública no Brasil. “Esses números dão a dimensão da importância do OBCOMP e, também, do engajamento da equipe que mantém o Observatório, para que o site esteja sempre atualizado e em sintonia com os temas caros à nossa democracia”.

Sediado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação (PPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o OBCOMP é mantido por uma equipe de doutorandos e mestrandos vinculados ao Núcleo de Pesquisa em Comunicação Pública e Política (NUCOP), além de professores, pesquisadores e profissionais que compõem seus conselhos consultivo e deliberativo.

O OBCOMP foi criado com recursos públicos do CNPq (Edital 43/2013) e sua manutenção conta com o investimento técnico e funcional da UFRGS. Constitui-se também como importante prática no campo da democracia digital, que demarca as pesquisas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia/Democracia Digital (INCT-DD), do qual o NUCOP/UFRGS participa.

Fonte: OBCOMP