//Comitê assessor de Comunicação do CNPq reuni-se em Brasília

Comitê assessor de Comunicação do CNPq reuni-se em Brasília

O comitê assessor de Comunicação reuniu-se em Brasília em outubro para julgar as propostas recebidas nas chamadas CNPq No. 06/2019 – Bolsas de Produtividade em Pesquisa;  Nº 7/2019 – Produtividade Sênior; Nº 08/2019 – Bolsas Especiais; e Nº 04/2019 – ARC.

Em relação às bolsas de produtividade, a área de Comunicação não recebeu, neste julgamento, cota de novas bolsas. Dentre os pesquisadores com bolsa em término de vigência, dois (1A e 1B) pediram bolsa Sênior e outros cinco não enviaram propostas (sendo 1 pesquisador 1A, 1 pesquisador 1D e 3 pesquisadores 2). Tendo em vista a forte demanda reprimida, inclusive de pesquisadores que já estiveram no sistema e haviam saído por algum motivo, o Comitê decidiu priorizar a concessão de bolsas nível 2, de forma a contemplar onze novos pesquisadores ingressantes no sistema.  Houve transferência de três processos do programa de Artes para o programa de Comunicação, referentes a propostas de Cinema, durante a reunião, totalizando 110 propostas a serem analisadas. Desse total, 96 candidatos foram recomendados por atenderem aos critérios da área. Segundo informação recebida pela área técnica sobre a previsão de cota disponível para a área, as primeiras 44 prioridades entre os recomendados poderiam ser contempladas com bolsas. A partir desta previsão de cota também foram propostas três mudanças de nível, para o novo período, das bolsas 1 em vigor: um pesquisador subiria de 1B para 1A, um de 1D para 1C e um e 1C para 1B.

Na chamada de bolsas GDE (doutorado integral no exterior) houve três propostas inscritas e nenhuma foi contemplada, por não atenderem os critérios definidos no Edital. Um doutorado integral no exterior só se justifica se não houver equivalente no Brasil, e as propostas recebidas nos últimos julgamentos tem sido geralmente de pessoas que já residem no exterior e pretendem fazer doutorado nos países onde residem, sem atender àquele pré-requisito. Na chamada de bolsas especiais no exterior houve 13 propostas inscritas, sendo oito para Pós Doutorado no Exterior, das quais seis foram recomendadas e duas não, e cinco propostas de Bolsa Sanduíche no exterior, das quais três foram recomendadas e duas não. Na ch amada de bolsas no país houve nove propostas, sendo uma de Pós Doutorado Sênior, recomendada, e oito de Pós Doutorado Júnior, sendo sete recomendadas e uma não. Na chamada de eventos (ARC) nacionais e internacionais (2o. Período) foram apresentadas cinco propostas, todas recomendadas. Na chamada de eventos locais (2o. Período) foram recebidas cinco propostas (sendo duas originárias da área de Artes por menção ao Cinema), todas recomendadas.

É importante salientar que a submissão de pedido de bolsa para quem já a possui não significa RENOVAÇÃO, mas nova concessão, condicionada, portanto, à avaliação segundo os critérios da área.

O CNPq exige planilhas cada vez mais detalhadas a partir dos critérios de área, considerando o desempenho dos proponentes (nos últimos três, cinco ou dez anos), no sentido de evitar juízos não objetivos sobre as carreiras e produções. Isso tende a favorecer os pesquisadores que estão entrando no sistema, que têm apresentado mais produção do que as médias históricas anteriores. É imprescindível que os atuais pesquisadores intensifiquem e qualifiquem sua produção intelectual e atentem para os critérios da área (inovação, atividades científicas, de gestão, editoriais, liderança). Isso deve estar visível no Lattes e/ou no projeto, para que a Comissão possa analisar esses quesitos.

O número expressivo de propostas recomendadas neste último julgamento dá a dimensão da demanda qualificada da área de Comunicação, que na última década viu o número de seus programas de pós-graduação stricto sensu ser triplicado, com o número de pesquisadores atuantes na área crescendo na mesma proporção, sem que a disponibilidade de bolsas de produtividade científica do CNPq acompanhasse esta evolução. O Comitê sugeriu que o CNPq considerasse este dado, do número de professores atuando na pós stricto sensu de cada área, de forma a atualizar a distribuição do número de bolsas dispon&iac ute;veis entre as diversas áreas.

Mas, por isso mesmo, é importante manter este demanda. No ano passado tivemos130 pedidos de bolsa PQ, este ano caiu para 110 pedidos.

No julgamento de junho tivemos 21 pedidos de bolsas no país, agora caiu para 9. Em junho, houve 34 pedidos de bolsas no exterior, agora só 17

E em junho 18 pedidos de apoio a eventos, agora só 8. Embora o orçamento do CNPq para 2020 esteja comprometido com um corte de 85% dos recursos na rubrica custeio – que vai atingir e talvez cancelar editais como o universal e o de ciências humanas, apoio a eventos e editoração, entre outras coisas – o orçamento para bolsas está garantido no mesmo volume deste ano, e uma maior demanda pode garantir mais pedidos atendidos na área.

Em relação aos pareceres ad hoc, fundamentais para orientar os julgamentos do Comitê, pedimos que os pareceristas evitem pareceres muito curtos, ou padronizados, que não mencionem os projetos concretos, suas dificuldades e seus pontos fracos e fortes. O parecer deve demonstrar leitura e entendimento da proposta e deixar claro se elas atendem ou não os critérios especificados no edital de cada chamada.

Em 13 de novembro de 2019.

Angela Prysthon

Eduardo Meditsch

José Luiz Aidar Prado

Margarida Kunsch