//Socicom adere campanha em favor da pesquisa

Socicom adere campanha em favor da pesquisa

No mês de agosto, a Socicom assinou petições e manifestos, além de aderir a campanha nacional contra os severos cortes que estão desmantelando o sistema nacional de C&T brasileiro.

A Socicom é uma das signatárias, junto com mais 90 entidades científicas, da petição que alertou para a situação crítica em que se encontra o CNPq, em risco iminente de cortar o financiamento das bolsas de estudos de mais de 80 mil pesquisadores em todo o País e no exterior. Segundo o texto da petição, o governo precisa urgentemente recompor o orçamento do CNPq aprovado para 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que a agência possa cumprir seus compromissos deste ano. A petição conclamou as instâncias decisórias do Executivo e do Legislativo Federal a reverterem imediatamente este quadro crítico de desmonte do CNPq e a colocarem também, no Orçamento de 2020, os recursos necessários ao funcionamento pleno do CNPq.

A petição recebeu quase 1 milhão de assinaturas online e foi entregue aos presidentes da Câmara e do Senado Federal em 28 de agosto. “O abaixo-assinado é uma expressão clara do apoio de parcela significativa da população brasileira, em particular bolsistas, pesquisadores, professores, gestores e de todos os que se importam com o futuro da Ciência e a Tecnologia”, afirmou o presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira.

Outra campanha que conta com ampla divulgação da Socicom é a #SomosTodosCNPq liderada pela SBPC. Trata-se de uma petição online com apoio de 65 entidades científicas e acadêmicas, lançada em 13 de agosto, em defesa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).

#SomosTodosCNPq

No texto da petição, os signatários alertam para a situação crítica em que se encontra a agência, em risco iminente de cortar o financiamento das bolsas de estudos, o que implicará na paralisação de pesquisas importantes. comprometendo a produção científica e qualificação das novas gerações.

A Socicom  também apoiou o  manifesto manifesto em defesa da FINEP elaborado por ex-presidentes da Financiadora de Estudos e Projetos FINEP, empresa pública subordinada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A FINEP foi criada em 1967, para servir a um projeto nacional: o de impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico do País. Foi dotada de instrumentos de fomento para apoiar todas as fases do ciclo desde a pesquisa científica à inovação. Segundo os ex-presidentes da agencia, para cumprir com eficiência essa missão de tão alta relevância para o País, precisou igualmente formar e capacitar um quadro de funcionários de alto nível e conhecimento das necessidades de um sistema de C&T e da dinâmica do processo de Inovação e das características do seu financiamento.

No manifesto, os ex-dirigentes criticam o desmonte do sistema de fomento e o drástico contingenciamento de seus recursos e as propostas que que levam paralisia ou mesmo fusão da FINEP com outros órgãos do governo, algo que vem sendo persistentemente veiculada nos últimos tempos.

Outro documento apoiado pela Socicom foi o manifesto do Conselho Deliberativo (CD) do CNPQ que  solicitou providências imediatas do Parlamento e do Governo Brasileiro, no sentido de recompor o orçamento da Agência. De acordo com o manifesto, o CNPq tem sido a mola propulsora da produção de ciência e tecnologia do país, garantindo a realização de pesquisa tanto nos laboratórios de ciência fundamental como naqueles que se dedicam à ciência aplicada e à inovação.  “Sem Ciência e Inovação não há futuro e nem soberania, conforme demonstram várias experiências internacionais”, afirmam os membros do CD no documento.

Em setembro, a SBPC decidiu intensificar a visibilidade das ações e lançou a campanha Ciência, para que ciência . O objetivo da campanha é divulgar vídeos com depoimentos de estudantes e pesquisadores sobre a importância de seus trabalhos e como o financiamento público é vital para garantir o desenvolvimento e continuidade dessas pesquisas. Espera-se com essa divulgação chamar a atenção para o impacto que as pesquisas têm no desenvolvimento econômico e social do Brasil e como os cortes severos impostos pelo governo às duas principais agências de fomento do País – Capes e CNPq – impedem o desenvolvimento de estudos importantes para o Brasil, comprometem o futuro da ciência e dos cientistas e trazem prejuízos para toda a população.

Dezenas de vídeos já foram encaminhados para a campanha e estão sendo divulgados pelos canais da SBPC. Em seus depoimentos, pesquisadores e amigos da ciência contam como os cortes no orçamento da Capes e do CNPq, principais agências de fomento à ciência do País, podem comprometer o futuro de pesquisas importantes para o desenvolvimento do Brasil

Os vídeos gravados estão sendo disponibilizados no endereço: https://www.youtube.com/playlist?list=PLVigrCJ_g6LckmoqMRAorEZmX0IB8dCr9

Para participar da campanha acesse: http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/ciencia-pra-que-ciencia/

Fonte: SBPC