Nº56 - ABRIL DE 2019
Neste momento em que se intensificam as discussões sobre mulheres e cinema. Trata-se de um fenômeno que certamente tem particularidades locais, mas pode ser considerado global, como o demonstram os movimentos estadunidenses Time’s Up e #MeToo, que dialogam com bandeiras levantadas dentro de outras nacionalidades.
Diante de tal contexto, a Revista Portuguesa da Imagem em Movimento, Aniki, organiza um dossiê com o propósito de reunir textos que contemplem as múltiplas formas de se aproximar do tema mulheres e espaço no cinema contemporâneo.
Os artigos podem abordar as Contribuições teóricas sobre mulheres e espaço no cinema do século XXI; espaços ocupados por mulheres dentro e fora do écran no cinema do século XXI; mulheres e espaço urbano no cinema contemporâneo; a natureza e o feminino no cinema do século XXI; o arquivo enquanto espaço feminino; os espaços de distribuição do cinema feito por mulheres; mulheres e espaços de visionamento de cinema; novas abordagens ao espaço ocupado pelas mulheres na história do cinema e na crítica cinematográfica; as escalas do cinema de mulheres: o feminino e os espaços locais, nacionais e globais no cinema contemporâneo.
O dossiê temático é coordenado por Mariana Liz (Universidade de Lisboa) e Marina Tedesco (Universidade Federal Fluminense). As professoras entendem que a segunda metade do século XX foi marcada, em muitos países, por novas relações entre mulheres e espaço. O incremento do acesso ao mercado de trabalho e aos diferentes níveis de ensino foram importantes conquistas para as mulheres, ainda que atravessadas por assimetrias de classe, raça e região. Um pouco por todo o mundo, enquanto lutavam por mais direitos sociais, laborais e sexuais, as mulheres foram não só abandonando, e ocupando de diferentes formas, o espaço doméstico, como começando a habitar, de forma crescente, o espaço público e mediático.
Tais transformações não demoraram a se fazer sentir no cinema. Não por acaso, em diferentes filmes produzidos nos anos 1960 e 1970, vemos nas telas mulheres que flanam, trabalham ou lutam pela sua sobrevivência nas ruas de diferentes cidades. O espaço natural, muitas vezes usado como metáfora para a condição feminina, porque imbuído de valores tradicionalmente associados às mulheres, como pureza, emoção e irracionalidade, torna-se também espaço de contestação. As mulheres ocupam ao mesmo tempo os espaços de representação e de produção do cinema.
No Brasil, nos anos 70, pela primeira vez houve um aumento significativo de diretoras. Algumas delas conseguiram não só realizar uma segunda obra como se mantêm em atividade até hoje. Em Portugal, após 30 anos de intervalo, e do trabalho de Bárbara Virgínia nos anos 40, surgem novamente, nos anos 70, algumas mulheres cineastas. O número crescente de mulheres que têm vindo a ocupar lugares de destaque nas mais diversas áreas da indústria cinematográfica não se restringe a estes dois países
Mais informações pelo site: http://aim.org.pt/ojs/index.php/revista/announcement/view/41
Neste momento em que se intensificam as discussões sobre mulheres e cinema. Trata-se de um fenômeno que certamente tem particularidades locais, mas pode ser considerado global, como o demonstram os movimentos estadunidenses Time’s Up e #MeToo, que dialogam com bandeiras levantadas dentro de outras nacionalidades.
Diante de tal contexto, a Revista Portuguesa da Imagem em Movimento, Aniki, organiza um dossiê com o propósito de reunir textos que contemplem as múltiplas formas de se aproximar do tema mulheres e espaço no cinema contemporâneo.
Os artigos podem abordar as Contribuições teóricas sobre mulheres e espaço no cinema do século XXI; espaços ocupados por mulheres dentro e fora do écran no cinema do século XXI; mulheres e espaço urbano no cinema contemporâneo; a natureza e o feminino no cinema do século XXI; o arquivo enquanto espaço feminino; os espaços de distribuição do cinema feito por mulheres; mulheres e espaços de visionamento de cinema; novas abordagens ao espaço ocupado pelas mulheres na história do cinema e na crítica cinematográfica; as escalas do cinema de mulheres: o feminino e os espaços locais, nacionais e globais no cinema contemporâneo.
O dossiê temático é coordenado por Mariana Liz (Universidade de Lisboa) e Marina Tedesco (Universidade Federal Fluminense). As professoras entendem que a segunda metade do século XX foi marcada, em muitos países, por novas relações entre mulheres e espaço. O incremento do acesso ao mercado de trabalho e aos diferentes níveis de ensino foram importantes conquistas para as mulheres, ainda que atravessadas por assimetrias de classe, raça e região. Um pouco por todo o mundo, enquanto lutavam por mais direitos sociais, laborais e sexuais, as mulheres foram não só abandonando, e ocupando de diferentes formas, o espaço doméstico, como começando a habitar, de forma crescente, o espaço público e mediático.
Tais transformações não demoraram a se fazer sentir no cinema. Não por acaso, em diferentes filmes produzidos nos anos 1960 e 1970, vemos nas telas mulheres que flanam, trabalham ou lutam pela sua sobrevivência nas ruas de diferentes cidades. O espaço natural, muitas vezes usado como metáfora para a condição feminina, porque imbuído de valores tradicionalmente associados às mulheres, como pureza, emoção e irracionalidade, torna-se também espaço de contestação. As mulheres ocupam ao mesmo tempo os espaços de representação e de produção do cinema.
No Brasil, nos anos 70, pela primeira vez houve um aumento significativo de diretoras. Algumas delas conseguiram não só realizar uma segunda obra como se mantêm em atividade até hoje. Em Portugal, após 30 anos de intervalo, e do trabalho de Bárbara Virgínia nos anos 40, surgem novamente, nos anos 70, algumas mulheres cineastas. O número crescente de mulheres que têm vindo a ocupar lugares de destaque nas mais diversas áreas da indústria cinematográfica não se restringe a estes dois países
Mais informações pelo site: http://aim.org.pt/ojs/index.php/revista/announcement/view/41