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Fórum Socicom-Intercom 2017

O evento, parte integrante do 32º Congresso Nacional da Intercom, contou com as presenças de Adriana Tonini, diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Giovandro Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Marcos Roxo, presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós), Monica Martinez, diretora científica da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e coordenação de Margarida Kunsch, professora titular e ex-diretora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

Da direita para esquerda: Adriana Tonini (CNPq), Monica Martinez (SBPJor), Marcos Roxo (Compós), Margarida Kunsch (coordenadora da mesa), Giovandro Ferreira (Intercom) e Ruy Sardinha (Socicom). Foto: Nelia Del Bianco.

O fórum teve início com a exposição da Diretora do CNPq sobre o funcionamento, programas e projetos desenvolvidos pelo órgão, bem como sua situação orçamentária. Segundo Adriana Tonini, não obstante a situação financeira e contingenciamentos, os programas vêm sendo mantidos e honrados. Em relação ao pagamento das bolsas de pesquisa, afirmou que, embora esteja assegurado o pagamento somente até setembro, eles estão “confiantes” que, a partir do empenho do Ministro do MCTIC, Gilberto Kassab, os demais pagamentos serão efetuados. Quanto ao orçamento de 2018, Adriana disse que o CNPq tem atuado para manter, no mínimo, o mesmo valor deste ano em torno de R$ 1,7 bilhão.

Em relação a área das Comunicações, a diretora do CNPq ressaltou que não obstante a alocação de recursos não tenha sofrido redução significativa, a área deveria se organizar para pleitear uma presença mais significativa junto ao órgão e sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação.

Em seguida, Monica Martinez relatou o trabalho desenvolvido pela SBPJor no campo da pesquisa em Jornalismo e as dificuldades que as entidades científicas passam no sentido da captação de recursos para suas atividades e, em especial, para a manutenção da qualidade e periodicidade de seus periódicos científicos.

O presidente da Intercom, Giovandro Ferreira também ressaltou o quanto os editais de fomento à editoração são excludentes e acabam contemplando um seleto grupo de revistas. O presidente da Intercom fez a proposta do lançamento de um edital para fomento e maior qualificação de periódicos que, não obstante sua relevância científica, ainda atingiram os critérios para indexação nas bases atualmente exigidas.

O presidente da Compós, Marcos Roxo falou sobre como o cenário de instabilidade política e econômica vem afetando o sistema nacional de Pós-Graduação e as Instituições de Ensino Superior e o quanto os limites de gastos orçamentários pelos próximos 20 anos tem colocado em risco a ciência e tecnologia aqui praticados. Diante de tal cenário o Marcos Roxo ressaltou a importância de uma maior articulação entre as entidades da área para a promoção de políticas científicas mais inclusivas e que garantam o desenvolvimento do país. A necessidade de uma maior articulação e de políticas públicas para a área também foi defendida pelo presidente da Intercom que acrescentou a regionalização e internacionalização como os desafios a serem enfrentados pela atual diretoria.

O Fórum, que contou com a presença na plateia de dirigentes de várias entidades científicas e Institutos de Ensino, representou, dessa forma, um importante momento de discussão e reflexão sobre o papel das comunicações para o desenvolvimento científico e tecnológico, bem como sobre a necessidade de ações efetivas para seu reconhecimento social.

Serviço
Local: Universidade Positivo – Curitiba
Tema: Política Científica para as Humanidades e Comunicações: desafios e perspectivas.
Período: 08 de setembro